Sergio Bernardes
Cineasta, Rio de Janeiro (1944/2007)
O cineasta Sergio Bernardes lançou seu primeiro longa metragem, Desesperato (1968), aos 24 anos de idade. Premiado por unanimidade do juri como melhor filme no Festival de Belo Horizonte, este filme foi exibido somente ali e nunca lançado em circuito comercial, já que seu certificado de exibição foi cassado pela ditadura militar.
Após anos de exílio na França, ao voltar ao Brasil, o cineasta partiu em diversas expedições a amazônia e ao interior do país junto a indienistas, cientistas, pesquisadores e artistas visuais. Dirigiu vários documentários em vídeo destas expedições, tendo o vídeo Panthera Onca (1990), sobre a matança das onças pintadas no pantanal, ganho prêmios nacionais e internacionais.
No ano de 1995 lança projeto que prevê a filmagem dos pontos notáveis de nosso país, de norte a sul, em película super 16 mm. Com o apoio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, parte então para esta que seria sua maior expedição, percorrendo todo o Brasil filmando, e concluindo o projeto no ano 2000.
Elabora então o roteiro do documentário TAMBORO e mais uma vez expediciona em busca de imagens e depoimentos que retratem, desta vez, a realidade mais dura do país. Junto ao movimento dos sem-terra, garimpeiros, repentistas do sertão nordestino, abordando questões referentes à destruição da floresta amazônica e a violência nos grandes centros urbanos, conversando com pensadores e anônimos, filma e edita Tamboro.
CRONOLOGIA
FORMAÇÃO
1962 Curso de Cinema no Institute des Hautes Études Cinematographiques de Paris.
1965 Curso de Coreografia e Teatro com Maurice Béjart em Paris.
1965 Curso de Composição e Trilha Sonora com Pierre Henry em Munique.
1978 Curso de Composição com Walter Smetak.
FILMES
Longa Metragem
TAMBORO, 2009.
Documentário, super 16 mm, cor, 90 minutos.
Prêmio Especial do Juri - Festival do Rio 2009
Prêmio Melhor Montagem - Festival do Rio 2009
Prêmio Melhor Filme Voto popular - Cine Fest Brasil Buenos Aires
DESESPERATO, 1968.
Ficção, 35 mm, P&B, 81 minutos.
Prêmio do Festival de Belo Horizonte por unanimidade do júri
Hors concours no Festival de Brasília.
MADREPÉROLA, 1978.
Ficção, 35mm, Cor, permanece inacabado.
Em fase de restauro.
Média Metragem
MISSÃO RIO, 1982.
16mm, cor, 42 minutos.
Documentário sobre o plano político e administrativo do Município do Rio de Janeiro elaborado por seu pai, o arquiteto Sérgio Bernardes.
VIA BRASIL, 2000.
Beta digital, cor, 92 minutos.
Documentário institucional sobre o Brasil que recebeu o apoio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
LE MASQUE, 1976.
16mm, cor, 25 min.
Documentário sobre Terapia Alternativa de Grupo em Paris.
7/7/77, 1977.
Ficção, 35mm, cor, 25 minutos.
Curta Metragem
VENHA DOCE MORTE, 1968.
16mm, P&B, 9 minutos.
Prêmio do Festival de Belo Horizonte por unanimidade do júri.
BAUDELAIRE, 1974.
35mm, cor.
Direção de François Weyergans, montagem de Sergio Bernardes.
Prêmio Leão de Ouro no Festival de Veneza, 1975.
VIDEOS
COLARES, 1987.
Betacam, 20 minutos.
Documentário sobre a vida do artista plástico Raimundo Colares.
CAVALOS SELVAGENS, 1988.
Betacam, 30 minutos.
Documentário sobre os cavalos selvagens que vivem nas pradarias de Roraima.
ENCONTRO DOS POVOS DA FLORESTA, 1989.
Betacam, 25 minutos.
Registro sobre o encontro de Altamira.
PORANGAÇÚ, 1989.
Super VHS, 25 minutos.
Documentário sobre questões dos índios Kaiapós.
PEIXE-BOI, 1990.
U-matic, 24 minutos.
Documentário filmado no rio Purús e no Rio Negro.
OS GUARDIÕES DA FLORESTA, 1990.
Betacam, 52 minutos.
Documentário sobre a Reserva Extrativista do Santo Daime, na Amazônia.
Prêmio de Melhor Vídeo do Festival de Vídeo da Bahia;
Prêmio de Melhor Vídeo e Direção do Festival do Maranhão.
PANTHERA ONCA, 1990.
Betacam, 42 minutos.
Documentário sobre a extinção do maior felino das Américas.
Prêmio de Melhor Vídeo, Melhor Direção, Melhor Trilha Sonora e Melhor Argumento na 8a Mostra Internacional do Cinema e Vídeo em Salvador, BA:
Prêmio de Melhor Vídeo na ECO-92;
Prêmio Sol de Ouro (Melhor Vídeo, Melhor Direção) e Prêmio Panda (Melhor Plano) no RIO-CINE;
Selecionado como o Melhor Vídeo do Brasil em Lima, Peru, na mostra os 14 Melhores Vídeos da América;
Prêmio de Melhor Vídeo do Festival de Brasília em 1992.
CASA DA FLORESTA, 1992.
Betacam, 24 minutos.
Documentário sobre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e as formas de conhecimento da floresta.
Prêmio de Melhor Vídeo Científico, no Festival de Brasília.
PROJECT NEW MAN, 1993.
Betacam, 20 minutos.
Documentário sobre o cerrado.
JURAMIDAM, 1993.
Betacam, 12 minutos.
Sobre a experiência mística do Santo Daime, este vídeo foi exibido numa exposição sobre Amazônia no Museu da Ciência de Barcelona, Espanha.
INPA 40 ANOS, 1995.
Betacam, 60 minutos.
Documentário sobre os 40 anos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
TALISMÃ, 1995.
Betacam, 32 minutos.
Documentário sobre o Parque Nacional do Jaú, na Amazônia, para a WWF (World Wildlife Fund for Nature).
UM OUTRO BRASIL, 1996.
Betacam, 22 minutos.
Documentário sobre os três principais ecossistemas brasileiros (cerrado, pantanal e amazônia) para ser exibido na abertura de congresso sobre Ecoturismo em Bonn, Alemanha. Este filme, encomendado pela EMBRATUR, passou a representar o Brasil junto às embaixadas brasileiras no exterior.
NORDESTE, 1997.
Betacam digital, 20 minutos.
Documentário sobre o nordeste brasileiro, realizado após uma expedição de 3 meses por todos os estados desta região.
CAUÊ PORÃ, 1998.
Super 16mm, 20 minutos.
Filme sobre a Amazônia brasileira e sua biodiversidade.
UNKNOWN AMAZON, 2001.
Beta digital, 32 minutos.
Filme sobre a Amazônia realizado para a abertura da exposição no British Museum, em Londres.
CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS
Campanha do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 1995.
Realiza a campanha composta por 03 chamadas de 30 segundos, sobre Meio Ambiente, para a comemoração dos 40 anos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, veiculada em Rede Nacional.
Campanha da Cidade de Salvador, 1996.
Realiza em Salvador a Campanha da Prefeitura da cidade, composta por um filme de 30 segundos e um de 1 minuto.
Prêmio de Melhor Filme Publicitário Institucional no Festival da Bahia.
Sights and Sounds, CNN, 1997.
Realiza a primeira Campanha Internacional do Brasil, realizada pela EMBRATUR/McCann-Erickson e veiculada na rede de televisão CNN. Composta por 03 filmes de 30 segundos e 03 filmes de 01 minuto, esta campanha foi premiada com o ANDY AWARDS nos EUA como Melhor Campanha Institucional.
Rio Incomparável, 1999.
Realiza para a prefeitura do Rio de Janeiro o filme publicitário Rio Incomparável.
Campanha do Estado do Maranhão, 2001.
Realiza para o Governo do Estado e a SETUR, a primeira Campanha em rede nacional do estado do Maranhão, composta por 3 filmes de 30 segundos e 3 filmes de 01 minuto.
Campanha Internacional do Brasil, 2002.
Realiza para a EMBRATUR/PRIME-DBBS a segunda Campanha Internacional do Brasil, composta por 3 filmes de 30 segundos e 1 filme de 25 minutos (DVD).
Campanha Infância & Turismo Sustentável, 2004.
Realiza para a EMBRATUR/PERFIL campanha sobre turismo sexual.
VIDEOCLIPE
No ano de 2003 o cineasta gravou o videoclipe da música Me espere do grupo Afroreggae. O vídeo foi gravado durante um show ao vivo da banda no Complexo da Maré
MOSTRA E EXPOSIÇÕES
Mostra Video Autor - Retrospectiva, CCBB Rio, 2000.
O Centro Cultural Banco do Brasil - Rio de Janeiro - realiza uma Mostra Retrospectiva de seu trabalho.
Unknown Amazon, The British Museum, 2001.
Sergio Bernardes produz o material audio-visual para a exposição Unknown Amazon, realizada pela Brasil Connects no British Museum, em Londres.
Nósenãonós, CCBB Rio, 2003.
Realiza a vídeo instalação Nósenãonós: 3 telas no Centro Cultural Banco do Brasil, de 10 de fevereiro a 06 de abril de 2003.
Amazônia, Fundação Jardim Botãnico, 2006.
Vídeo instalação que retrata a amazônia, montada no Jardim Botânico em ocasião do lançamento do projeto Museu da Ciência.
Mata Atlântica, Espaço Cultural Tom Jobim, 2007.
Vídeo instalação montada em homenagem ao compositor Tom Jobim.